segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Processo da Evolução Biologica (Por: Thais Miranda)


        O processo da evolução biológica.

INTRODUÇÃO:
Embora muitas vezes relacionada com progresso, a palavra evolução no sentido biológico não tem esta conotação. Darwin não se referia às suas teorias como teorias evolutivas e tinha o cuidado de evitar termos como "superior" e "inferior". Infelizmente, ainda é comum se observar como as pessoas relacionam a evolução biológica com progresso, superioridade.
 
O que é a evolução biológica?
a evolução biológica consiste na mudança das características hereditárias de grupos de organismos ao longo das gerações. Grupos de organismos, denominados populações e espécies, são formados pela divisão de populações ou espécies ancestrais; posteriormente, os grupos descendentes passam a se modificar de forma independente. Portanto, numa perspectiva de longo prazo, a Evolução é a descendência, com modificações, de diferentes linhagens a partir de ancestrais comuns.
  A Teoria da Evolução é um conjunto de afirmações a respeito dos processos da Evolução tidos como causadores da história dos eventos evolutivos. A evolução biológica (ou orgânica) ocorre como conseqüência de vários processos fundamentais. Esses processos são tanto aleatórios como não-aleatórios. É certamente a maior teoria unificante da biologia. A diversidade de organismos, similaridades e diferenças entre os tipos de organismos, padrões de distribuição e comportamento, adaptação e interação, eram meramente um caos desconcertante de fatos até que a teoria evolutiva deu-lhes sentido. Não existe uma área sequer dentro da biologia na qual esta teoria não sirva como um princípio ordenador. Nenhuma outra idéia em biologia é tão cientificamente poderosa, ou tão intelectualmente estimulante. Não foi a toa que Theodosius Dobzhansky cunhou a célebre frase: "Nada em biologia faz sentido exceto à luz da evolução".
  A evolução aconteceu, e continua acontecendo. A seleção natural está sempre trabalhando; as freqüências gênicas flutuam; ambos têm sido observados repetidamente no laboratório, em organismos com curtos intervalos de tempo e no campo. Estes mecanismos estão bem documentados. Os registros fósseis, a sistemática molecular e os mecanismos compartilhados por todas as células vivas claramente demonstram a origem antiga da vida e a continuidade da descendência com modificações a partir de ancestrais comuns. A evolução é realidade e não pode ser ignorada.
 

O papel da Seleção Natural na Evolução
Quanto estamos falando de seleção natural,precisamos ter em mente alguns requisitos: variação entre indivíduos, reprodução e hereditariedade. Já vimos que variação é um componente da natureza. Entretanto, variação pode ser decorrente de fatores ambientais, alterando o fenótipo. Por isso, para ser “observada” pela seleção natural, uma característica variável precisa ser herdável, para ser transmitida ao longo das gerações por meio de indivíduos capazes de se reproduzir.
Isso não é tudo. Para que a seleção natural opere, além da variação da característica, é necessário que haja associação com sucesso reprodutivo (“fitness”). Por sucesso reprodutivo entende-se o grau no qual um indivíduo contribui com prole para geração seguinte. Em todas as populações indivíduos diferem no sucesso reprodutivo. Uma característica que permita um incremento no fitness de seu portador tem maior probabilidade de ter sua freqüência aumentada na população ao longo das gerações. Esta é a base da idéia da “luta pela sobrevivência”. Muitos exemplos de seleção natural podem ser observados na natureza. O clássico experimento de Kettlewell com as mariposas Biston betularia fornece um exemplo bastante didático. Alguns exemplos práticos podem ser mais evidentes, como no caso da resistência a pesticida em insetos, ou a resistência a antibióticos em bactérias. Não é incomum ouvirmos que determinado inseto “adquiriu” resistência a um pesticida. Com estas palavras, induzimos a um pensamento errôneo, o de que o pesticida causa alguma alteração no inseto que o torna resistente. No entanto, o que realmente acontece é que naturalmente existem insetos resistentes. Em alguns casos eles produzem uma proteína que impede a ação do pesticida. Às vezes apresenta uma forma alterada da proteína alvo do veneno, de modo que este passa a não atuar. De qualquer forma, em uma população de insetos pode haver alguns poucos indivíduos portadores de uma variação hereditária. O conjunto de fatores ambientais (pressão seletiva) não favorece qualquer uma destas variações, ou em alguns casos pode favorecer a forma normal. Quando a pressão seletiva do meio é alterada pela presença de um pesticida no meio, apenas os indivíduos resistentes conseguem sobreviver e passam esta resistência a sua prole, aumentando muito a freqüência da característica na população. É importante compreender que nem sempre uma característica sobre a qual a seleção natural pode operar tem efeito tão drástico.
A “alteração na freqüência de genes em uma população ao longo das gerações”, portanto, atualmente é a melhor definição de evolução biológica. Esta alteração depende de um balanço entre a fonte de variação (mutação) e a seleção natural sobre determinada característica.
Outra forma de se alterar a freqüência de um gene em uma população é através de migrações a partir de outras populações. Desta forma, a migração atua na homogeneização ou unificação da freqüência gênica entre populações.


Introdução a biologia evolutiva
Na evolução estão as bases da biologia moderna. Todos os campos da biologia são unificados sob essa teoria. Não é um conceito difícil, mas pouquíssimas pessoas incluindo aqui a maioria dos biólogos  têm um entendimento satisfatório. Um erro comum é acreditar que as espécies podem ser dispostas em uma escada evolutiva indo desde a bactéria, passando pelos animais “inferiores”, até os animais “superiores”, até chegar finalmente, ao homem. Falsas concepções permeiam as exposições populares de biologia evolutiva. Erros podem até mesmo chegar aos jornais e textos de biologia. Por exemplo, Lodish e colaboradores, no seu texto sobre biologia celular, proclamaram “Foi de Charles Darwin a grande idéia de que todos os organismos se relacionam numa grande cadeia de seres...”. Na verdade, a idéia da grande cadeia de seres, sugerida por Linneaus, foi mudada radicalmente pela idéia de Darwin de descendência comum. A má compreensão da evolução é danosa não só ao estudo da própria evolução, mas da biologia como um todo. Pessoas que têm um interesse genérico em ciências muitas vezes menosprezam a evolução como se fosse uma ciência de menor importância após absorverem algumas das muitas idéias absurdas populares. A impressão de ser uma ciência menos importante é reforçada quando biólogos de campos não relacionados especulam publicamente sobre evolução.

Cinco grandes equívocos sobre a evolução

A evolução nunca foi abservada:
Os biólogos definem a evolução como a mudança no conjunto de genes de uma população ao decorrer do tempo. Um exemplo é o dos insetos desenvolvendo resistência a pesticidas num período de poucos anos. Mesmo a maioria dos criacionistas reconhece que a evolução nesse nível é um fato. O que eles não reconhecem é que essa taxa de evolução é o bastante para produzir toda diversidade de todos os seres vivos a partir de um ancestral comum. A origem de novas espécies pela evolução também foi observada, tanto em laboratório quanto na natureza.
Mesmo sem essas observações diretas, seria um engano dizer que a evolução não foi observada. A evidência não é limitada a ver algo acontecendo diante de seus olhos. A evolução permite fazer previsões sobre o que nós esperaríamos ver no registro fóssil, anatomia comparada, seqüências genéticas, distribuição geográfica de espécies, etc., e essas previsões foram verificadas diversas vezes. O número de observações corroborando a evolução é arrebatador. O que não foi observado é um animal abruptamente transformando-se em um outro radicalmente diferente, como um sapo transformando-se em uma vaca. Isso não é um problema para a evolução pois não é proposto nada nem remotamente parecido com isso. Na verdade, se alguma vez observássemos um sapo transformar-se numa vaca, isso seria uma evidência muito forte contra a evolução.

O argumento da termodinâmica contra a evolução mostra conhecimento equivocado tanto sobre evolução quanto sobre termodinâmica, já que um entendimento claro do funcionamento da evolução deveria revelar grandes falhas nesse argumento. A evolução diz que os organismos reproduzem-se com apenas pequenas mudanças entre as gerações (a prole é do mesmo tipo, pode-se dizer). Por exemplo, animais poderão ter membros um pouco mais longos ou curtos, finos ou grossos, claros ou escuros, que os de seus pais. Ocasionalmente, a mudança poderá levar a ter quatro ou seis dedos em vez de cinco. Uma vez que as diferenças aparecem, a teoria da evolução diz que poderá haver diferenciação no sucesso reprodutivo. Por exemplo, talvez animais com membros longos sobrevivam de forma a ter prole mais numerosa que indivíduos de membros mais curtos. Todos esses processos podem ser observados hoje. Eles obviamente não violam nenhuma lei da física.

Não há fósseis transicionais.
Dizer que não há fósseis transicionais é simplesmente falso. A paleontologia tem progredido um pouquinho desde que "A origem das espécies" foi publicado, descobrindo milhares de fósseis transicionais, tanto por definições restritivas temporalmente quanto por menos restritivas. No registro fóssil permanecem lacunas, e sempre haverá; erosão e a raridade das condições favoráveis para fossilização tornam isso inevitável. Também, transições podem ocorrer em uma pequena população, em uma pequena área e/ou em um período relativamente curto de tempo; quando temos qualquer uma dessas condições, as chances de se encontrar os fósseis transicionais cai. Ainda assim, há muitas instâncias em que existem excelentes seqüências de fósseis transicionais. Alguns exemplos notáveis são as transições de réptil a mamífero, de animais terrestres para baleias primitivas, e dos ancestrais humanos ao homem.

A teoria da evolução diz que a vida surgiu, e prosseguiu evoluindo por acaso.

Provavelmente não há outra declaração que seja melhor indicação que o argumentador não compreende evolução. A sorte certamente tem seu lugar na evolução, mas esse argumento ignora completamente a participação da seleção natural, e seleção é extremamente oposto à aleatoriedade. A aleatoriedade, na forma de mutações, gera variação genética, o que é o material bruto sobre o qual trabalha a seleção natural. Daí, a seleção natural separa determinadas variações. Aquelas que conferem maior sucesso reprodutivo ao seus portadores (e a aleatoriede assegura que algumas mutações benéficas serão inevitáveis) são mantidas, e as variações menos bem sucedidas são removidas. Quando o ambiente muda, ou quando os organismos mudam para um ambiente diferente, diferentes variações são selecionadas, levando eventualmente a diferentes espécies. Mutações nocivas usualmente desaparecem rapidamente, então elas não interferem no processo de acúmulo de mutações benéficas.
 A abiogênese (a origem da vida) também não é devida puramente ao acaso. Átomos e moléculas arranjam-se não de maneira aleatória, mas de acordo com suas propriedades químicas. No caso de átomos de carbono especialmente, isso significa que moléculas complexas certamente formam-se espontaneamente, e elas podem influenciar umas às outras a criar ainda mais moléculas complexas. Uma vez que se forma uma molécula que é aproximadamente auto-replicante, a seleção natural irá guiar a formação de replicadores cada vez mais eficientes. O primeiro objeto auto-replicante não precisa ser tão complexo quanto a célula moderna ou mesmo uma estrutura de DNA. Algumas moléculas auto-replicantes realmente não tem toda essa complexidade (como as moléculas orgânicas). Algumas pessoas ainda argumentam que é tremendamente improvável para uma determinada molécula auto-replicante formar-se em determinado ponto (apesar deles não declararem essas especificidades, elas estão implícitas nos cálculos). Isso é verdade, mas havia oceanos de moléculas trabalhando no problema, e ninguém sabe quantas possíveis moléculas auto-replicantes poderiam ter sido a primeira, Um cálculo das improbabilidades da abiogênese é insignificante a menos que reconheça a imensa amplitude de materiais iniciais da qual o primeiro replicador pode ter se formado, as inúmeras prováveis formas diferentes que o primeiro replicador poderia ter tido, e o fato de muito da construção da molécula auto-replicante ter sido não-aleatório para começar.
(Também se deve notar que a teoria da evolução não depende de como a vida começou. A verdade ou falsidade de qualquer teoria da abiogênese não afetará nem minimamente a evolução.).

"A evolução é apenas uma teoria; nunca foi provada."
Primeiro, devemos clarificar o que "evolução" significa. Como tantas outras palavras, tem mais de um significado. Sua definição estritamente biológica é "a mudança de freqüências dos alelos no decorrer do tempo”. Por essa definição, a evolução é um fato incontestável. A maioria das pessoas parece associar "evolução" principalmente com ancestralidade comum, a teoria de que toda a vida originou-se de um mesmo descendente. Muitas pessoas acreditam que há evidência para chamar isso de fato, também. De qualquer modo, ancestralidade comum ainda não é a teoria da evolução, mas apenas uma fração disso (e parte de várias teorias bem diferentes também). A teoria da evolução não apenas diz que a vida evoluiu, mas também inclui mecanismos, como mutações, seleção natural, e deriva genética, nas explicações de como a vida evoluiu.

Chamar a teoria da evolução de "apenas uma teoria" é, estritamente falando, verdadeiro, mas a idéia que isso tenta passar é completamente errada. O argumento apóia-se numa confusão entre o que "teoria" significa no uso informal e em um contexto específico. Uma teoria, no sentido científico, é "um coerente grupo de proposições gerais usado como princípios de explicações para uma classe de fenômenos" [Random House American College Dictionary]. O termo não implica em caráter provisório ou falta de certeza. Geralmente teorias científicas diferem de leis científicas apenas pelas leis poderem ser expressas mais brevemente. Em ser uma teoria implica-se autoconsistência, concordância com as observações, e utilidade. (O criacionismo falha em ser uma teoria principalmente pelo último ponto; faz poucas ou nenhumas previsões do que se esperaria encontrar, então não pode ser utilizado para nada. No que faz previsões falseáveis, elas provam ser falsas.).

Falta de provas não é uma fraqueza, também. Pelo contrário, alegar infalibilidade para uma conclusão é um sinal de extrema arrogância. Nada no mundo real foi alguma vez rigorosamente provado, nem algum dia será. Prova, no sentido matemático, é possível apenas se você tem o luxo de definir o universo em que você está operando. No mundo real, devemos lidar com níveis de certeza baseados em evidência observada. Quanto melhor a evidência que tivermos para algo, mais certezas dão a isso; quando há evidência suficiente, consideramos algo como um fato, ainda que não se tenha 100% de certeza.
 O que a evolução tem é o que qualquer boa alegação científica tem - evidências, aos montes. A evolução é validada por uma vasta gama de observações nos campos da genética, anatomia, ecologia, comportamento animal, paleontologia, e outros. Se você deseja desafiar a teoria da evolução, você deve levar em conta essas evidências. Você deve saber se as evidências apontadas erroneamente são irrelevantes ou se elas se adéquam melhor à outra teoria. Claro, para fazer isso, você deve conhecer tanto a teoria quanto suas evidências.

O EVOLUCIONISMO<-->

Segundo essa teoria, nós e todos os seres vivos teríamos surgido das modificações genéticas que ocorrem com o passar das eras, determinando características novas à medida que as gerações se sucedem.

Lamarckismo - Teoria de J. B. Lamarck baseava-se em duas leis:
imagem: http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/fixismovsevolucionismo1.jpg
1.Lei do uso e desuso - Quanto mais uma parte do corpo é usada, mais se desenvolve; por outro lado, as partes que não são usadas enfraquecem gradativamente, podendo atrofiar-se com o tempo ou mesmo desaparecer.


2. Lei da herança de caracteres adquiridos - Tudo que o animal adquire, em função do uso e desuso, ou seja, caracteres perdidos ou adquiridos, é transmitido de geração em geração

Exemplo: Segundo essa lei, características adquiridas pelos pais poderiam ser passadas aos seus filhos, assim um jogador de futebol daria origem a crianças com a musculatura das pernas bem desenvolvidas, pois seu pai, ao jogar futebol, exercitou demais esses músculos que hipertrofiaram.

Como vimos, Lamarck, apesar de errado em vários pontos de sua teoria, tem um grande valor, pois foi o primeiro a falar de adaptação, mesmo tendo errado os meios pelos quais esta ocorria.

Darwinismo - No seu livro A Origem das Espécies, publicado em 1859, Charles Darwin explicou a evolução por meio da seleção natural.
imagem: http://darwinismo.files.wordpress.com/2008/03/racist_evolutionary_icon.jpg

A teoria proposta por Darwin (Darwinismo) propõe, em resumo, que, na luta pela sobrevivência, os indivíduos portadores de variações (características) adaptativas às condições ambientais levam vantagem competitiva sobre os indivíduos que não as possuem. Os adaptados deixam mais descendentes, e os não adaptados são eliminados. A essa eliminação diferencial dos indivíduos de uma espécie, Darwin denominou seleção natural. A seleção natural, atuando continuamente sobre uma espécie, pode modificá-la gradualmente, a ponto de originar uma nova espécie.

As idéias de Darwin podem ser assim resumidas:

1. Os organismos vivos têm grande capacidade de reprodução. Apesar disso, já que o suprimento alimentar é reduzido, poucos indivíduos chegam à idade de procriação. Disso decorre que os organismos com as mesmas exigências alimentares competem entre si, "lutando" constantemente pela existência.

2. Os organismos apresentam variações hereditárias e, portanto, transmissíveis. Algumas variações são mais favoráveis à existência do que outras, num determinado ambiente. Disso decorre que os organismos com as variações mais favoráveis num determinado ambiente estarão mais capacitados a sobreviver e a se reproduzir nele do que os que possuem variações desfavoráveis.

Assim, cada geração sucessiva fica melhor adaptada ao ambiente.


Darwin só não foi mais completo porque não soube explicar a razão pela qual existiam tantas variações em indivíduos pertencentes à mesma espécie. Mais tarde com a aceitação dos cientistas em relação as teorias genéticas de Mendel o porque destas variações veio à tona.


Conclusão:
há cerca de cem anos, cientistas, que eram então na maioria criacionistas, olharam para o mundo para tentar descobrir como Deus fez as coisas. Esses criacionistas chegaram a conclusões de uma Terra que já era antiga e de espécies se originando através da evolução. Desde então, milhares de cientistas têm estudado a evolução com ferramentas cada vez mais sofisticadas. Muitos desses cientistas têm excelente conhecimento das leis da termodinâmica, como fósseis são interpretados, etc., e encontrar uma alternativa melhor à evolução iria levá-los a fama e fortuna. Às vezes o trabalho deles desafia nossa compreensão de detalhes significantes de como a evolução opera, mas a teoria da evolução continua tendo essencialmente concordância unânime das pessoas que trabalham com ela.


Fonte:

Ass.: Thais Miranda

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