domingo, 14 de março de 2010

O Processo da Evolução ( Por : Maria Eduarda)



INTRODUÇÃO

A evolução é o processo atualmente explicado pela seleção natural, proposto por Charles Darwin e geralmente aceito pela comunidade científica como a melhor explicação para a adaptação e especialização como evidenciado pelo registro fóssil. Outros mecanismos de evolução incluem deriva genética, fluxo gênico e pressão de mutação.




















O que é a evolução?
    Evolução é o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
Evidências da evolução
    A evolução tem suas bases fortemente corroboradas pelo estudo comparativo dos organismos, sejam fósseis ou atuais. Os tópicos mais importantes desse estudo serão apresentados de forma resumida.
 Homologia e analogia
    Por homologia entende-se semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente a uma mesma origem embriológica. As estruturas homólogicas podem exercer ou não a mesma função.
O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas homólogicas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica. Nesses casos, não há similaridade funcional.
    Ao analisar, entretanto, a asa do morcego e a asa da ave, verifica-se que ambas têm a mesma origem embriológica e estão, ainda associadas á mesma função.
    A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral comum, embora não indique um grau de proximidade comum, partem várias linhas evolutivas que originaram várias espécies diferentes, fala-se em irradiação adaptava.


 

















omologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos, sendo que essas estruturas podem ter ou não a mesma função. As estruturas homólogas sugerem ancestralidade comum.
 A analogia refere-se à semelhança morfológica entre estruturas, em função de adaptação à execução da mesma função.
    As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem embriológica, mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo. São , portanto, estruturas análogas.
As estruturas análogas não refletem por si sós qualquer grau de parentesco. Elas fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos a uma mesma variável ecológica. Quando organismos não intimamente aparentados apresentam estruturas semelhantes exercendo a mesma função, dizemos que eles sofreram evolução convergente.
As estruturas análogas não refletem por si sós qualquer grau de parentesco. Elas fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos a uma mesma variável ecológica. Quando organismos não intimamente aparentados apresentam estruturas semelhantes exercendo a mesma função, dizemos que eles sofreram evolução convergente.



 













Ao contrário da irradiação adaptativa ( caracterizada pela diferenciação de organismos a partir de um ancestral comum. dando origem a vários grupos diferentes adaptados a explorar ambientes diferentes.) a evolução convergente ou convergência evolutiva é caracterizada pela adaptação de diferentes organismos a uma condição ecológica igual. assim, as formas do corpo do golfinho, dos peixes, especialmente tubarões, e de um réptil fóssil chamado ictiossauro são bastante semelhantes, adaptadas à natação. Neste caso, a semelhança não é sinal de parentesco, mas resultado da adaptação desses organismos ao ambiente aquático.


















Analogia : semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente à adaptação a uma mesma função. São consideradas resultado da evolução convergente.


Órgãos vestigiais
   Órgãos vestigiais são aqueles que, em alguns organismos, encontram-se com tamanho reduzido e geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A importância evolutiva desses órgãos vestiginais é a indicação de uma ancestralidade comum.
    Um exemplo bem conhecido de órgão vestigial no homem é o apêndice vermiforme , estrutura pequena e sem função que parte do ceco ( estrutura localizada no ponto onde o intestino delgado liga-se ao grosso).
    Nos mamíferos roedores, o ceco é uma estrutura bem desenvolvida, na qual o alimento parcialmente digerido á armazenado e a celulose, abundante nos vegetais ingeridos, é degradada pela ação de bactérias especializadas. Em alguns desses animais o ceco é uma bolsa contínua e em outros, como o coelho, apresenta extremidade final mais estreita, denominada apêndice. que corresponde ao apêndice vermiforme humano.


 























Órgãos vestigiais : órgãos reduzidos em tamanho e geralmente sem função, que correspondem a órgãos maiores e funcionais em outros organismos. Indicam ancestralidade comum.
Embriologia comparada.
    O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais metazoários. Nesse caso, entretanto, quando mais diferentes são os organismos, menor é o período embrionário comum entre eles.



Estudo dos fósseis
É considerado fóssil qualquer indício da presença de organismos que viveram em tempos remotos da Terra. As partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais freqüentemente conservadas nos processos de fossilização, mas existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada. Dentre estes podemos citar os fosseis congelados, como, por exemplo, o mamute encontrado na Sibéria do norte e os fosseis de insetos encontrados em âmbar. Neste último caso, os insetos que penetravam na resina pegajosa, eliminada pelos pinheiros, morriam, A resina endurecia, transformando-se em âmbar. , e o inseto aí contido era preservado nos detalhes de sua estrutura.
    Também são consideradas fósseis impressões deixadas por organismos que viveram em eras passadas , como , por exemplo, pegadas de animais extintos e impressões de folhas, de penas de aves extintas e da superfície da pele dos dinossauros.























A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução.
As Teorias evolutivas
    Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se , entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin. Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também denominadaNeodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da genética ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural.
A teoria de Lamarck
    Jean-Baptiste Lamarck ( 1744-1829 ), naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia zoológica.
Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:

Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes. 

Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.
    A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as características adquiridas não são hereditárias.
    Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
A teoria de Darwin
    Charles Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:


Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, indenticos entre si.
Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
,3O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.

Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.
A abordagem de Darwin sobre a evolução era bastante distinta daquela de Lamarck, como pode ser visto no esquema a seguir:













A teoria sintética da evolução
    A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes.
    A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
   Para melhor compreender esta definição , é importante conhecer o conceito biológico de espécie: agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos.
   Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes.
    A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies.
    Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo igual ao outro. Execeções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio.
    A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.
    A compeensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na freqüência dos genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na freqüência dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos , pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim , quanto maior é a variabilidade genética.
    Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas categorias:


Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação cromossônica , recombinação;
Fatores que atuam sobre a variabilidade genética jás estabelecida : seleção natural, migração e oscilação genética.
 A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies. Nos capítulos seguintes , esses tópicos serão abordados com maiores detalhes.




CONCLUSÃO

É admirável o trabalho de Antropologistas, Paleontólogos, Biólogos e de outros Cientistas que têm colaborado com o enriquecimento do conhecimento humano e conseqüentemente do progresso. O que este trabalho sobre evolução procura fazer é colaborar para não permitir que uma teoria não comprovada seja imposta como fato indiscutível, de forma semelhante à imposição da teoria criacionista no final do século XIX, que procurou se manter em sua posição sem debates justos. Para aquela época parecia mais racional crer na evolução, mas o tempo, com o silêncio das novas descobertas arqueológicas no que se refere à evolução e com o desenvolvimento da engenharia genética, esta teoria deve ser reavaliada e estudada com reservas.


CRÉDITOS

Site Utilizado em Pesquisa:


EXERCÍCIOS

1-Sobre os conceitos básicos de evolução, são feitas as seguintes afirmativas:
I. A forma do corpo de uma foca e do pinguim, que os adapta bem à natação, é exemplo de
irradiação adaptativa.
II. Danças nupciais em peixes, canto de insetos e coaxar de sapos são exemplos de isolamento
reprodutivo.
III. "O bicho-pau pode viver nas árvores pois se assemelha a um galho" é uma frase que apresenta
uma concepção darwinista de evolução.
Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
2-A competição por um recurso de disponibilidade limitada é um dos pressupostos do conceito de
seleção natural na teoria evolutiva de Darwin. Sobre esta declaração, é correto afirmar que é:
a) verdadeira, pois o conceito de seleção natural do organismo melhor adaptado pressupõe que os
predadores mais eficazes levem suas presas à extinção.
b) falsa, pois apenas a competição interespecífica por um recurso de disponibilidade limitada
contribui efetivamente para o conceito de seleção natural.
c) verdadeira, pois apenas em decorrência da competição por um recurso de disponibilidade
limitada é que há a seleção do organismo melhor adaptado.
d) verdadeira, pois tanto a competição intra-específica quanto a interespecífica são comportamentos
que apresentam um alto grau de expressividade gênica.
e) falsa, pois apenas a competição intra-específica por um recurso de disponibilidade limitada
contribui efetivamente para o conceito de seleção natural.
3-Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
1 - Lamarckismo
2 - Darwinismo
( ) A falta de função do 3º molar (ciso) nos seres humanas, decorrente dos seus hábitos
alimentares, tem induzido seu desaparecimento.
( ) Para que mamíferos cetáceos se adaptassem à natação, suas patas foram aos poucos se
transformando em nadadeiras.
( ) O uso constante de antibióticos em hospitais tem contribuído para a seleção de um número
crescente de bactérias resistentes a eles.
( ) Para se proteger de predadores, o bicho-pau desenvolveu forma e cor semelhante à de galhos
secos.
Marque a alternativa que atribui a cada afirmação a respectiva ideia ou teoria evolutiva.
a) 1, 2, 1, 2
b) 1, 1, 2, 1
c) 1, 2, 1, 1
d) 2, 2, 1, 2
e) 1, 1, 2, 2

4-Analise o texto abaixo:
"Em todo animal que não tenha ainda se desenvolvido completamente, o uso frequente a repetido de
um órgão qualquer fortalece, pouco a pouco, esse órgão, desenvolve-o, aumenta-o, tornando-o mais
forte, com uma força proporcional ao tempo de uso, enquanto o desuso de tal órgão enfraquece-o
aos poucos, deteriora-o, diminui progressivamente suas faculdades e acaba por fazê-lo desaparecer."
(Filosofia Zoológica,1809)
O texto acima deve ser atribuído a
a) Darwin, para explicar a seleção natural.
b) Lamarck, para explicar o criacionismo.
c) Mendel, para explicar a genética.
d) Darwin, para explicar o evolucionismo.
e) Lamarck, para explicar o evolucionismo.
5-Em relação à evolução biológica de coelhos de uma determinada região:
I - O coelho evoluiu de ancestrais de orelhas curtas que se desenvolveram gradativamente pelo
esforço do animal em ouvir a chegada dos predadores.
II - Os ancestrais dos coelhos apresentavam tamanhos variáveis de orelhas; o predatismo dos
carnívoros selecionou aqueles de orelhas mais longas.
III - Os coelhos de orelhas longas conseguem deixar um maior número de descendentes que os de
orelhas curtas.
IV - Os coelhos de orelhas longas, adquiridas pela necessidade de perceber a aproximação dos
predadores, transmitem essa característica para seus descendentes.
Considerando as afirmativas acima, selecione a alternativa correta:
a) I e II são lamarckistas e III e IV são darwinistas.
b) II e III são lamarckistas e I e IV são darwinistas.
c) I e IV são lamarckistas e II e III são darwinistas.
d) III e IV são lamarckistas e I e II são darwinistas.
e) I e III são lamarckistas e II e IV são darwinistas.
Gabarito
1)      D
2)      C
3)      B
4)      E
5)      C













Ass.: Maria Eduarda


Os Seres Vivos ( Por: Dayane Braga )


OS SERES VIVOS
A evolução dos seres vivos
            Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), cientista francês, acreditava que os seres vivos tinham de se transformar para melhor se adaptarem ao ambiente. Assim, ele explicava que as girafas, no passado, tinham pescoço curto e, à medida que escasseava o alimento mais rasteiro, eram forçadas a esticar o pescoço para comer as folhas do alto das árvores. Com isso, o pescoço foi se desenvolvendo pelo uso freqüente e a característica adquirida (pescoço cada vez mas longo) foi se transmitindo aos descendentes, de geração em geração. Depois de séculos, as girafas tinham, então, o longo pescoço que observamos nas girafas atuais.
            Essa hipótese, para explicar como se desenvolveu o longo pescoço das girafas, não é aceita pela ciência. Você verá a seguir por que ela é considerada incorreta.
            Os últimos dinossauros desapareceram há cerca de 65 milhões de anos e os primeiros seres da nossa espécie só surgiram no planeta há aproximadamente 200 mil anos. Nenhum ser humano, portanto, jamais conviveu com os dinossauros.
Os dinossauros dominaram a Terra
            Os dinossauros dominaram a Terra durante aproximadamente 140 milhões de anos. Tinham formas e tamanhos diferentes. Alguns viviam em manadas. Uns eram herbívoros, outros carnívoros. 
            O Tyrannosaurus rex, era um temido predador. Com seus quinze metros de comprimento e dentes serreados de até dezoito centímetros, pertencia ao grupo dos terópodes. Os terópodes eram carnívoros e andavam sobre as duas patas posteriores. Suas patas anteriores (braços) eram curtas e a cabeça grande suportava longas mandíbulas.
            Com a cabeça ocupando um terço do corpo, o Triceratops pesava até cinco toneladas e tinha nove metros de comprimentos. Era o maior dinossauro do grupo dos ceratopsídeos, dinossauros com chifres e um folho no pescoço. Os ceratopsídeos eram herbívoros e andavam em manadas.
            Com 26 metros de comprimento e quinze toneladas de peso, o Diplodocus pertencia ao grupo dos saurópodes, os maiores animais que já habitaram a Terra. Eles eram herbívoros.
            Os estegossauros pertenciam ao grupo de dinssauros que possuíam fileiras de placas nas costas e enormes espinhos na causa. Tinham cabeça e cérebro muito pequenos em relação ao corpo e também eram herbívoros.
Outros animais e plantas do passado
            Além dos dinossauros, temos conhecimento da existência de outros animais e plantas do passado, como, por exemplo, o Arqueópterix, as samambaias gigantes e os ictiossauros. Os cientistas ainda tem dúvidas se o Arqueópterix foi um réptil do passado, um dinossauro com asas ou uma ave primitiva. A primeira hipótese é a que parece ser a mais provável.
O que é um fóssil?
            Hoje podemos conhecer paisagens e seres vivos da Terra primitiva reconstituídos em histórias fantásticas de filmes e revistas. Mas, cientificamente, como podemos saber se esses seres existiram mesmo? Quais eram as suas formas e os seus tamanhos?
            A descoberta de ossos, dentes ou esqueletos inteiros de animais extintos, enterrados no solo ou incrustados em rochas, é que tornou possível esse conhecimento.
             A esse tipo de restos ou simples vestígios (exemplo: pegadas) de seres vivos chamamos fóssil. Estudando os fósseis, podemos descobrir como eram esses seres e como viviam.
            Raramente são encontrados fósseis de animais ou plantas inteiros. Em geral, só partes duras, como ossos, conchas e carapaças, ficam incrustadas na rocha. Algumas vezes, os poros dos ossos são preenchidos por minerais como a calcita, por exemplo, mantendo-se assim a forma original. Em outros casos, ocorre a substituição completa do material original por minerais como a sílica.
            Há também outro tipo de fossilização muito importante, que é a preservação dos próprios animais e de plantas em âmbar. Esses organismos foram englobados pela resina de um certo tipo de planta há milhões de anos. Claro que só animais menores foram fossilizados dessa forma, pois não conseguiram escapar das gotas de resina. Mesmo pequenos vertebrados, no entanto, já foram encontrados dentro das pedras amarelas e translúcidas de âmbar.
A importância dos fósseis
            Estudando os fósseis e comparando-os com os seres atuais, os cientistas descobriram que os animais e os vegetais foram se modificando através dos tempos. Enquanto alguns tipos se extinguiram, outros sofreram transformações, dando origem aos que conhecemos atualmente.
            O estudo dos fósseis auxilia a compreensão das modificações sofridas pelas espécies de seres vivos através dos séculos.
Seres vivos e adaptação
            O rato-canguru é um pequeno roedor que vive no deserto. Durante o dia, esconde-se em tocas profundas e relativamente frias, saindo apenas à noite em busca do alimento. As fezes desse rato são relativamente secas e seus rins produzem uma urina muito concentrada, com pouca água. Não possuem glândulas sudoríparas e, portanto, não suam.
            Nos desertos, o dia costuma ser muito quente e a disponibilidade de água é pequena. Escondendo-se de dia em tocas frias e perdendo pouca água através de fezes secas e de urina concentrada, além de não suar, o rato-canguru consegue viver e se reproduzir no deserto. Diz-se, então, que ele está adaptado às condições desérticas, isto é, possui uma série de características que contribuem para a sua sobrevivência e reprodução naquele ambiente.
            Da mesma maneira, as raposas do Ártico estão adaptadas para viver naquele ambiente, onde o frio é muito intenso. Entre outras características, esses animais possuem muitos pêlos longos e lanosos e uma grossa camada de gordura sob a pele. Esses pêlos e a camada gordurosa dificultam muito as perdas de calor para o meio, contribuindo para a manutenção de temperatura do corpo.
            Mas ratos-cangurus provavelmente não sobreviveriam no Ártico, nem raposas-árticas no deserto. Na natureza, s seres vivos estão adaptados ao ambiente em que vivem. Num outro ambiente ou quando o ambiente em que vivem muda, as mesmas características que lhe eram favoráveis podem se mostrar inúteis e até mesmo prejudiciais.
            Por isso quando vemos informações através dos meios de comunicação que uma região vai ser inundada, por exemplo, para a construção de uma usina hidrelétrica e que o meio-ambiente sofrerá conseqüências, estamos falando que os animais adaptados àquela região provavelmente irão morrer em razão da mudança de habitat e condições climáticas.
O conceito de seleção natural
            Em uma cidade inglesa chamada Manchester, em meados do século XIX, antes da industrialização da cidade, viviam mariposas de uma certa espécie: algumas claras e outras escuras. Mas o número de mariposas claras era muito maior.
            Depois que a cidade se industrializou, verificou-se o contrário: o número de mariposas escuras passou a ser muito maior. O que teria acontecido? 
            Antes da industrialização da cidade, o ar não era poluído. Não havia fuligem escura das fábricas; os troncos das árvores eram recobertos por liquens claros. Nesse ambiente de "fundo claro", as mariposas claras passavam mais despercebidas do que as escuras, quando posavam, por exemplo, numa árvore. Assim, pássaros insetívoros visualizavam melhor e devoravam mais as mariposas escuras. Dai, o grande números  de mariposas claras em relação às escuras. A coloração clara era, portanto, uma característica favorável para as mariposas que viviam naquele ambiente.
            Mas veio a industrialização. E o ambiente mudou. A poluição praticamente eliminou os claros liquens que recobriam o tronco das árvores. A fuligem contribuiu para dotar o ambiente de um "fundo escuro". Nessa nova situação, eram as mariposas escuras que passavam mais despercebidas; as claras, facilmente identificadas pelos pássaros, eram mas devoradas. O número de mariposas escuras, então, se tornou maior e a sua coloração passou a representar a característica favorável.
            Pelo exposto acima, podemos concluir que as mariposas apresentavam uma variabilidade de cores: algumas eram claras e outras eram escuras. O ambiente atuou selecionando essa variabilidade: antes da industrialização da cidade, as mariposas claras eram as mais bem adaptadas ao meio; tinham maiores chances de sobreviver e de gerar um maior número de descendentes. Depois da industrialização da cidade, o ambiente mudou e o critério de seleção também mudou: as mariposas escuras é que passaram a ser as mais bem adaptadas ao meio.
            Chama-se seleção natural esse mecanismo de o ambiente selecionar os organismos que nele vivem; os indivíduos portadores de características favoráveis tem maior chance de sobreviver e deixar descendentes férteis, enquanto os portadores de características desfavoráveis tendem a ser eliminados, pois terão menos chances.
            O conceito de seleção natural foi idealizado pelo cientista inglês Charles Darwin. A teoria da evolução tornou-se realmente aceitável para o mundo científico somente depois do trabalho desse cientista.
O que é evolução?
            O processo de transformação pelo qual passam os seres vivos, incluindo a origem de novas espécies e a extinção de outras através dos tempos, chama-se evolução. Esse processo vem acontecendo desde que a vida surgiu na Terra.
            Como vimos no capítulo anterior, acredita-se que os primeiros seres vivos surgiram no mar há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Eram seres relativamente simples, unicelulares e heterotróficos.
            Milhões de anos depois surgiram os seres unicelulares que já fabricavam seus próprios alimentos, usando a luz como fonte de energia. Muito tempo depois é que apareceram os seres pluricelulares, como as plantas e os animais.
            Mas como surgem as diferentes características existentes entre uma espécie e outra de seres vivos? Mesmo entre seres de uma mesma espécie, por que, por exemplo, algumas mariposas são claras e outras escuras?
            As várias características de um ser vivo são determinadas pelo material genético existente em suas células. Esse material genético compreende o conjunto dos genes que esse ser vivo possui. Os genes são formados pro substâncias chamadas de ácidos nucléicos. Simplificando, podemos dizer que temos, por exemplo, genes que determinam a cor dos nossos olhos, genes responsáveis pela cor de nossa pele, etc.
            Acontece que os vários genes de um indivíduo podem ter sua estrutura alterada de maneira espontânea ou pela ação, por exemplo, de certas substâncias. Essas alterações que o material genético pode sofrer são chamadas de mutações.
            As mutações permitem, então, o surgimento de características novas, que podem ser favoráveis ou não para a adaptação de um organismo no ambiente em que vive. Por meio da seleção natural, o ambiente modela uma determinada espécie, preservando os organismos que possuem características favoráveis para viver nele e permitindo que essas características sejam transmitidas a seus descendentes.
Reprodução sexuada e variabilidade genética
            Não só as mutações proporcionam variabilidade genética. A reprodução sexual também propicia uma grande mistura genética. Um indivíduo (macho ou fêmea) tem capacidade de produzir muitos tipos diferentes de gametas. Cada gameta irá unir-se - misturar seu material genético - a outro, que terá outra cominação genética, e assim por diante.
            Pense numa cadela, por exemplo, que tenha várias ninhadas, cada uma de um pai, um macho, diferente. Resultado: poderão nascer filhotes muito diferentes uns dos outros, quanto ao tamanho, cor, tipo de pêlos, etc.

 INTRODUÇÃO

O planeta Terra formou-se há cerca de 4,6 bilhões de anos. Sua aparência inicial era completamente diferente da aparência que tem hoje. Não havia nele qualquer tipo de ser vivo.
Supõe-se hoje, através do estudo de fósseis, que os primeiros seres vivos surgiram provavelmente há cerca de 3,5 bilhões de anos.
Ao longo dos tempos, várias hipóteses foram elaboradas na tentativa de responder como os planetas apareceram - como a hipótese da geração espontânea, a hipótese extraterrestre entre outras. 











         CONCLUSÃO

 Os seres vivos se transformam ao longo dos séculos. As mutações e a reprodução sexuada, por exemplo, podem alterar as suas características; estas podem ser transmitidas de geração a geração.
O ambiente seleciona os seres que nele vivem. Indivíduos de uma determinada espécie, que possuam características favoráveis, tendem a sobreviver e deixar descendentes férteis, enquanto outros que não tem essas características tendem a ser eliminados, pois terão menores chances.


ANEXOS


Raça: Insèparable
Beija Flor - Crédito: Edu Guedes






Lagartixa - Crédito: Edu Guedes
http://www.brasilescola.com/upload/e/evolucao-homem.jpg




                                                                 
http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2002/01/images/img_a4_2.jpg 







BIBLIOGRAFIA

Site utilizado em pesquisa:













Ass.: Dayane